O triste fim de Leona Richter
Assim que entrou no bar, ela sentiu a tensão no olhar de todos os presentes. Uma mulher bonita não deveria entrar num bar de homens, ainda mais com um vestido vermelho curto e decotado. Não, não deveria. Ela sentou-se em uma mesa de dois lugares, colocou a bolsa no colo, e esperou. Relutante, um garçom velho ofereceu-se: -Pois não, madame. -Uma dose de vodca, por favor. Pura e gelada, apenas. Atrás da Madame Richter, três homens jogavam cartas e com a gritaria deles todos no bar sabiam que era García quem estava ganhando. Mesmo que alguns estivessem muito bêbados, nenhum homem arriscava dirigir uma única palavra á bonitona da mesa 7, mas nenhum deles conseguia parar de olhar com desejo o corpo da mulher. Então o velho trouxe uma bandeja com um copo e uma garrafa. Aquele lugar misturava todos os bares do mundo. O chão de madeira escura e a iluminação feita por lustres baratos. Os balcões limpos e três garçons usando de uniforme apenas um avental por cima de uma camisa. Hav...